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21.DEZ.16 - 12:56

Lasers que rodopiam em direção ao futuro

Sabias que os lasers rotativos podem ajudar a criar microscópios muito potentes? Esta é a conclusão de um trabalho realizado por um grupo de investigadores do IST, em parceria com físicos britânicos.

Um grupo internacional de físicos, liderado por investigadores do Instituto Superior Técnico, realizou uma descoberta que pode ajudar a desenvolver supermicroscópios para imagiologia científica e médica. A equipa descobriu um novo conceito para a criação de lasers rotativos, formas de luz onde os raios luminosos rodam.

Publicada na edição de 23 de dezembro da revista Physical Review Letters, a investigação centrou-se no vórtice ótico, uma forma invulgar de propagação de luz. Este rodopia em torno da direção em que viaja, aparentando-se a um tornado, tal como o redemoinho que a água forma quando escoa por um ralo.

Os raios de luz rotativos têm um grande potencial para desenvolver tecnologias socialmente úteis, nomeadamente microscópios óticos. Isto é possível devido às suas capacidades de ampliação, que se tornam maiores consoante a velocidade de rotação dos fotões.

Os investigadores do IST colaboraram com físicos do Rutherford Appleton Laboratory e da Universidade de Oxford (ambos no Reino Unido), para acelerar a velocidade de rotação destas partículas. Para isso tiraram partido das propriedades óticas do plasma, obtido quando a temperatura é tal que a matéria se torna ionizada. A pesquisa resultou na conclusão de que o plasma é o meio ideal para produzir vórtices de luz que giram muito mais rápido.

O principal autor desta descoberta foi Jorge Vieira, investigador do grupo de Lasers e Plasmas do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do IST. O físico sublinhou que «este trabalho permite aproveitar todo o potencial da luz para a microscopia de superresolução, e é a base para a conceção de microscópios óticos muito mais potentes».

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