A U.Porto conquistou a Cátedra UNESCO dedicada à proteção ambiental no continente africano. Portugal vai coordenar rede de investigação científica de seis países.
A Universidade do Porto acabou de conquistar “a sua primeira Cátedra UNESCO,
dedicada ao desenvolvimento de uma rede colaborativa com instituições de ensino
e investigação de seis países africanos na área da conservação da
biodiversidade e da gestão e preservação dos recursos e do património natural”.
A distinção surge na sequência de um
processo de candidatura, levado a cabo pelo Centro de Investigação em
Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO-InBIO) que pretendia “alargar a sua
rede de parcerias com universidades e
centros de investigação da África do Sul, de Angola, de Cabo Verde, de
Moçambique, da Namíbia e do Zimbabué, tendo em vista o desenvolvimento
de ações de capacitação científica e tecnológica, de formação avançada de
recursos humanos e de transferência de conhecimento”.
A cátedra chama-se “Life on Land” (Vida na Terra) e
terá “como propósito promover a ligação da ciência à sociedade nos países
parceiros, através de iniciativas que permitam dar a conhecer a importância
urgente de se preservar os respetivos biodiversidade e património natural,
mobilizando o cidadão comum para a realização de ações práticas a este nível”.
Segundo a U.Porto, “este projeto
pode, assim, constituir-se como uma eficiente ferramenta para garantir a
preservação do meio ambiente e o uso sustentável dos recursos naturais,
necessidades prementes face à crescente degradação dos ecossistemas em África,
onde os desafios e problemas que restringem os esforços de conservação da
biodiversidade são cada vez mais frequentes”.
O programa de trabalhos está alinhado
“com os esforços de resposta aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que
compõem a Agenda 2030 das Nações Unidas, com a particularidade de promover a
colaboração entre países de expressão portuguesa e de língua oficial inglesa”.
Com início previsto para janeiro de
2018, o curso tem uma duração de quatro anos e um orçamento total de cerca de
2,2 milhões de euros. Nuno Ferrand de Almeida, Coordenador Científico do
CIBIO-InBIO, será o regente da Cátedra UNESCO, a sétima concedida a uma
instituição portuguesa.
Foto By Tjeerd Wiersma, CC BY 2.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=344744